Redigidos numa linguagem hermética, sem nenhuma concessão didática, por um certo Jaques Lacan que sempre desconfiou da facilidade enganosa da compreensão, os "Escritos" tinham tudo pra "flopar", como se diz hoje. Encadernados num livro estranho, sem imagens, sem comentários de orelha, sem nenhuma manobra publicitária destinada a provocar o interesse do leitor, os "Escritos" tinham tudo para ser um "worst seller", um fracasso editorial. A sua consagração foi, contudo, imediata, pra surpresa do próprio autor. 5.000 exemplares vendidos em 15 dias, 50.0000 pra primeira edição, 120.000 exemplares na edição de bolso.